FBI seguiu o rastro do calote apartir de Nova Iorque  (2)

FBI seguiu o rastro do calote apartir de Nova Iorque (2)

FBI seguiu o rastro do calote apartir de Nova Iorque (2) Por Estácios Valoi e Luís Nhachote Quando a 28 de Fevereiro de 2013, Manuel Cha

FBI seguiu o rastro do calote apartir de Nova Iorque (2)

Por Estácios Valoi e Luís Nhachote

Quando a 28 de Fevereiro de 2013, Manuel Chang, então ministro das Finanças do governo de Armando Emilio Guebuza, chancelava com o seu próprio punho e letra os contratos e garantias da Proindicus, contratando o primeiro dos três empréstimos do calote bilionário, o Federal Bureau of Investigations (FBI), começou dez dias depois a seguir o trilho dos 372 milhões do valor creditado na conta do Credit Suice, na sua conta em New York.
A empresa ProIndicus tem como objeto social principal a atividade de segurança marítima, principalmente no setor de gás e petróleo offshore. É uma das empresas responsáveis pelo escândalo das chamadas “dívidas ocultas”.

O roteiro da transferência

De Londres, onde se assinaram os contratos e garantias, o Credit Suisse emitiu no dia 10 de Março de 2013 – dez dias depois da assinatura das garantias – um telegrama pra Nova York solicitando a transferência da conta número 890-0361-034 do Credit Suisse, domiciliada em 1 Wall Street, New York, NY, 10015, USA, segundo o Bourdeax visto pelo Centro de Jornalismo Investigativo (CJI). Esse valor foi transferido para a sua filial de Londres, com o SWIFT CRESGB2L, apartir do Bank of New York (SWIFT IR VTUS3N). Quando o dinheiro chegou a Londres, Andrew Pearse, Surjan Singh e Detelina Subeva, a data dos empréstimos funcionários do Credit Suisse, trataram, em conluio com Jean Boustani, então executivo da Privinvest, mandar o dinheiro para esta última empresa sediada em Dubai, nos Emiratos Arabes Unidos (EAU). Foi dos EAU que começou a distribuição de largas quantias de dolares américanos para contas em Moçambique e outros destinos no processo de lavagem de dinheiro.
Nesta conta, a 30 de Agosto do mesmo ano, passariam os 850 milhões de doláres da empresa Ematum…..
Por isso o grande júri do Tribunal distrital de Brooklyn, em New York, depois de receber o roteiro do calote, deduziu a acusação e já deteve as figuras retromencionadas, onde entre eles está Manuel Chang, ex-ministro das finanças e deputado da Assembleia da República, este detido a 29 de Dezembro no aeroporto OR Thambo, na África do Sul. Com um papel central no processo penal dos Estados Unidos da America (EUA), o grande júri tem por missão decidir se os elementos disponiveis s|ao suficientes para justificar a existência de um processo e, em caso afirmativo, prepapar a acusação como aconteceu neste caso.
Do pedido da PGR

Com o escandâlo na praça pública, sem recurso a defesa que o justifique, a Procuradoria Geral da República (PGR) exigiu recentemente a extinção imediata da garantia oferecida pela ProIndicus. A PGR submeteu no Supremo Tribunal de Justiça de Londres do Reino Unido uma acção de responsabilização civil contra oito entidades estrangeiras envolvidas no processo da contratação das chamadas “dívidas ocultas”.
Cinco são as empresas que concederam os empréstimos incluindo outras envolvidas no fornecimento de bens e serviços, designadamente o Credit Suisse International, Credit Suisse AG, Privinvest Shilpbuildings S.A.L, Abu Dhabi Marc LLC e Privinvest Shipbuilding Investmentt LLC.
Na sua acção a PGR aponta tambêm os três antigos banqueiros da Credit Suisse que se alega terem recebido subornos para facilitar os empréstimos.
Nesta acção de responsabilização civil, a PGR solicita ao Supremo tribunal do reino unido a extinção da garantia dada pelo Estado a ProIndicus por ser ilegal; o pagamento de indeminização ao Estado moçambicano pela fraude cometida e o pagamento das dívidas resultantes da garantia dada a MAM.

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