Um dos grandes problemas da Frelimo, que adia e se esquiva sistematicamente, é este acobertamento de estrangeiros que ao país chegam a pretensa actividade comercial. Fuminho criminoso brasileiro, um dos bombista de Paris (Novembro de 2013), a família de Pablo Escobar, após a morte deste, teriam passado por Moçambique, cuja capital é dominada pelas oligarquias frelimistas cada vez mais ávidas de poder e riqueza que tratam os assuntos de entidades nas suas casas e colocam o país na rota de criminosos internacionais e arrastam o prestígio da entidade que deviam servir e do Estado na lama. Este acobertamento dá vantagens materiais que certos grupos usam para influenciar a política doméstica e o poder dentro da Frelimo aparecendo como oligarcas políticos.
O recente e falhado putsch (19.05.2024) em Kinshasa, capital da RDC, expõe as ligações duvidosas da “Frelimo de agora”, como chamam muitos dos seus membros. Chipande, o general e alma pater do ainda presidente Nyusi e uma espécie de Capo di Tutti da tribo Makonde, desponta como padrinho dos negócios do líder do falhado golpe: Christian Malanga Musumari (41).
Chipande aparece num vídeo, datado de há oito meses atrás, publicado por Christian Malanga no seu perfil da rede LinkedIn onde se descreve como Presidente do Governo do Novo Zaire no Exílio (Presidente of New Zaire Government in Exile) alegadamente baseado em Bruxelas, e presidente nacional do UCP (United Congolese Party/Partido Congolês da Unidade) com uma imagem oficial ao lado da antiga bandeira do Zaire (Congo Kinshasa) hasteada pelos putschistas no palácio presidencial nos eventos recentemente ocorridos.
No vídeo, feito no que parece ser a parte traseira da casa do general, depois de uma conversa, Chipande levanta-se aperta a mão a Malanga e diz “A luta continua!” Malanga responde “A luta continua General!!”. Chipande prossegue dizendo: “Agora é economia! não é andar a matar!”, o interlocutor responde: “Não! Its diferent! Its diferent!” “já chega de matar, agora economia, desenvolvimento, para o bem-estar!” os seus interlocutores anuem e o vídeo termina. O video tem a legenda seguinte: it was an honour discussing with #Mozambique revolutionary and founding father General Alberto Joaquim #Chipande. The similarities currently facing Cabo Delgado and East Congo are very similar. I thank the leadership of Mozambique for advising #New Zaire in security reform. #RDC #DRC”.
Nos comentários Constantino Conwana (gestor comercial e travel concept) diz: “estão aqui os que venderam Cabo Delgado”. Mosek Kana (congolês, Director de vendas na Smart Orange) diz: “courage mon frére, sache une cose que a lutte continue mais la victoire est certaine. Merci!/Coragem meu irmão, fica a saber uma coisa: a luta continua, mas a vitória é certa. Obrigado!”. Jiguerd Makano (congolês, informaticien/informático) comenta: “Good job Bro!!/Bom trabalho irmão!”
Malanga é co-proprietário da Global Solutions entidade criada em Moçambique, registada na cidade de Chimoio, virada para actividades de mineração, segurança, construção civil, educação, saúde, pesca, agricultura e prestação de serviços, outros serviços conexos. Uma mistura estranha de actividades. A actividade de segurança permite a Malanga adquirir algum equipamento paramilitar, armas e coletes à prova de bala, algemas, botas e parafernália de segurança
A Global Solutions tem como sócios Benjamim Reuben Zalman-Polun, maior, de nacionalidade norte americana, portador de passaporte n.º 580228507, emitido pelos Estados Unidos da América, a trinta de Março de dois mil e dezoito e, supostamente, residente na cidade de Maputo e Christian Musumari Malanga, de nacionalidade eswatini, portador de passaporte n.º 80002095, emitido pelas autoridades swázis em Eswatini, a catorze de Outubro de dois mil e vinte e um, e residente na cidade de Maputo. Curiosamente, ou não, os dois são parte dos putschistas de Kinshasa e ambos acidentalmente residentes no Chimoio.
A Bantu Mining Company (erradamente registada Campany) Limitada, a CCB Mining Solutions, Limitada, são mais outras companhias registadas pelos mesmos indivíduos envolvidos na tentativa de golpe de Estado na RDC que usavam Moçambique como uma plataforma para as suas actividades com o beneplácito de um membro influente da nomenklatura política, militar e securitária nacional: Alberto Joaquim Chipande, The General.
Um terceiro elemento, Marcel Malanga (21), filho americano de Malanga, aparece numa foto na terminal internacional do Aeroporto Internacional de Maputo (numa das visitas às actividades mineiras do pai em Moçambique, aparece também nas imagens do golpe falhado Benjamin Zalman-Polun (36), sócio de Malanga, empresário americano da cannabis em Maryland no estado do Utah.
Um dos grandes problemas da Frelimo, que adia e se esquiva sistematicamente, é este acobertamento de estrangeiros que ao país chegam a pretensa actividade comercial. Fuminho criminoso brasileiro, um dos bombista de Paris (Novembro de 2013), a família de Pablo Escobar, após a morte deste, teriam passado por Moçambique, cuja capital é dominada pelas oligarquias frelimistas cada vez mais ávidas de poder e riqueza que tratam os assuntos de entidades nas suas casas e colocam o país na rota de criminosos internacionais e arrastam o prestígio da entidade que deviam servir e do Estado na lama. Este acobertamento dá vantagens materiais que certos grupos usam para influenciar a política doméstica e o poder dentro da Frelimo aparecendo como oligarcas políticos.
Por exemplo, a captura das instituições securitárias com a colocação de indivíduos da tribo, por uma parte do grupo Makonde, obedece ao comando de enriquecer a qualquer custo e mais que os outros. Os negócios do gás, a logística da guerra, o procurement estatal e o chancelamento de grupos de investidores internacionais ou de estrangeiros já não são feitos pelo Estado, é feito directamente por pessoas como o general Chipande que acham que ter feito a guerra de libertação era para este fim: enriquecer. O General de créditos históricos duvidosos dá audiências em casa e na sua fundação.
Os Servicos de Informacao e Seguranca do Estado (SISE), o Ministerio da Defesa Nacional (MDN) e a Policia da Republica de Mocambique (PRM) estão manietados aos mais obscuros interesses de um grupo restrito de pessoas.
Neste episódio, o cliente do grupo oligárquico Christian Musumuri Malanga, disse que não ia matar mas acabou morto nos jardins do palácio presidencial em Kinshasa de arma na mão apesar dos conselhos do General Chipande. Quando este senhor passou por cá o que fez o SISE?
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